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Transtorno bipolar: tratamento da fase depressiva pode prevenir suicídios





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O tratamento do paciente com transtorno bipolar de maneira assertiva pode contribuir para a prevenção de outros distúrbios psíquicos, principalmente o suicídio. Em evento realizado em São Paulo, na última semana, médicos abordaram a importância do diagnóstico precoce, quebra de estigmas e tratamento direcionado para as fases da bipolaridade, como a depressão bipolar.

A Daiichi-Sankyo, empresa farmacêutica do Japão com atuação no Brasil, lançou uma campanha para abordar a questão da conscientização sobre depressão bipolar. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), mais de quatro milhões de brasileiros convivem com o problema, o que representa 2,2% da população do País. A campanha Depressão bipolar: está na hora de falar sobre isso conta um site para explicar, de maneira didática, os sintomas, diagnósticos e tratamento.

Ainda de acordo com a ABP, dos pacientes que vivem com a depressão bipolar, 15% deles acabam tirando a própria vida. É a doença mental com maior índice de mortes por suicídio. Devido à falta de informação da sociedade em geral sobre a doença ou à confusão com outros tipos de depressão, o transtorno bipolar pode levar até 10 anos para ser diagnosticado em um paciente.

A doença

Sendo uma doença mental crônica, o transtorno bipolar pode afetar pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pelas bruscas alterações de humor potencialmente debilitantes, incluindo períodos de depressão (tristeza) e mania (euforia). A depressão bipolar é a fase depressiva do transtorno bipolar.

Os sintomas mais comuns são o humor deprimido, a perda de interesse ou prazer em atividades, perda de peso significativa, insônia, fadiga, sentimentos de inutilidade, diminuição da capacidade de concentração e pensamentos recorrentes de morte ou tentativa de suicídio. Quando os sintomas ocorrem, as fases da depressão bipolar afetam mais os pacientes do que os sintomas maníacos.

O desafio de tratar a doença é grande, mas os médicos reforçam que olhar a saúde do indivíduo de maneira global contribui bastante para a superação do problema. "A detecção precoce é fundamental para a não progressão da doença", reforça o médico psiquiatra José Alberto Del Porto, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo.

Medicamentos

Uma das bases do tratamento, além do apoio multidisciplinar entre médicos, família e paciente, é o uso de medicamentos. A Daiichi-Sankyo teve a aprovação, recentemente, da Latuda (cloridrato de lurasidona) no Brasil para tratar episódios depressivos associados ao transtorno bipolar e também a esquizofrenia – distúrbio cerebral crônico, severo e muitas vezes incapacitante, com sintomas como alucinações e delírios até formas incomuns ou disfuncionais de pensar, movimentos corporais agitados, redução das expressões emocionais e sintomas cognitivos como dificuldades de concentração, memória e raciocínio.

Del Porto ressalta que o antipsicótico é diferente de um antidepressivo comum. "Os antidepressivos são para o tratamento da unipolaridade e podem atrapalhar o tratamento do bipolar", diz.

Hoje, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem alguns medicamentos aprovados para o tratamento do transtorno bipolar e esquizofrenia (ver destaque abaixo). Segundo o diretor médico da Daiichi-Sankyo no Brasil, Allyson Nakamoto, a Latuda tem tido grande eficácia no tratamento das duas doenças e não tem apresentado alterações clinicamente significativas. "Há menor alteração do colesterol total/LDL e dos triglicérides, além do menor impacto da libido e no peso dos pacientes que fazem o uso da medicação.", explica Nakamoto.

Outros medicamentos usados para o tratamento da depressão bipolar

  • Clozapina – Medicamento indicado para tratamento de esquizofrenia resistente ao tratamento; risco de comportamento suicida recorrente em pacientes com esquizofrenia ou distúrbio esquizoafetivo; e psicose durante a doença de Parkinson.
  • Lamotrigina – Indicado para prevenir episódios de alteração do humor, especialmente episódios depressivos.
  • Olanzapina – Indicado para o tratamento de episódios de mania aguda ou mistos do TAB (com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclagem rápida) e para prolongar o tempo entre os episódios e reduzir as taxas de recorrência dos episódios de mania, mistos ou depressivos no TAB.
  • Quetiapina – Indicado como adjuvante no tratamento dos episódios de mania, depressão, manutenção do transtorno afetivo bipolar I (episódio maníaco, misto ou depressivo) em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato, e como monoterapia no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar (episódios de mania, mistos e depressivos).
  • Risperidona – Indicado para o tratamento de curto prazo para a mania aguda ou episódios mistos associados com transtorno bipolar

Fonte: Ministério da Saúde


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